Realizador: Rupert Sanders
Argumentista: Evan Dougherty, John Lee Hancock e Hossein Amini
Elenco: Kristen Stewart, Chris Hermsworth, Charlize Theron, Ian McShane, Ray Winstone, Toby Jones, Sam Spruel.
Resumo: A versão do lendário conto "A Branca de Neve e os Sete Anões", ganha uma nova roupagem nas mãos de Rupert Sanders. Num reino dominado pela tirania, a vaidosa e egoísta Rainha Ravenna (Charlize Theron) descobre que sua enteada, Branca de Neve (Kristen Stewart),
está destinada a superá-la não apenas como "a mais bela de todas", mas
também como governante do reino. Transtornada, a rainha recorre ao espelho mágico
(Christopher Obi), que lhe diz que a única maneira de permanecer no poder é matar Branca de Neve. Enquanto isso,
Branca de Neve escapa para a Floresta Negra e Ravenna recruta o caçador
Eric (Chris Hemsworth)
para a perseguir e matar. Eric, no entanto, se apieda da jovem princesa e ensina-a a lutar. Agora, com a ajuda de oito anões e do Príncipe William (Sam Claflin), Branca de Neve inicia uma rebelião para derrubar sua madrasta de uma vez por todas.
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Os contos de fada povoam o nosso imaginário desde a mais tenra idade devido à sua componente fantasiosa. São fantásticos porque são verdadeiramente universais, encantando tudo e todos com as suas histórias repletas de aventura e magia, assim como com a sua habilidade de transmitir mensagens e lições morais.
Confesso que quando soube que iria sair uma versão nova d' "A Branca de Neve" fiquei curiosa, ficando a minha curiosidade ainda mais aguçada quando vi o trailer. No entanto, visto o filme, fiquei com um sabor agri-doce na boca.
As personagens, em geral, estão bem caracterizadas e apresentam uma personalidade credível. Digo no geral, pois há uma que falha miseravelmente na sua actuação: Kristen Stewart. A personagem principal, aquela que é suposto dar vida à história, à volta da qual tudo gira é um desastre completo. As diferenças entre Snow White e Bella Swan (Twilight) são poucas ou nenhumas. O olhar é o mesmo, o tom de voz é o mesmo, os trejeitos são os mesmos. Kristen Stewart mantêm aquele jeito insosso de quem está a comer a maça envenenada durante todo o filme. Só numa única cena (a meu ver) ela consegui transmitir aquilo que se pretendia - cena de transe na Floresta Negra.
O filme vale muito a pena pela fotografia e, principalmente, pela prestação de Charlize Theron que está irrepreensível enquanto Rainha Má. A sua crueldade assusta deveras, o que é normal tendo em conta que a actriz foi buscar inspiração a Jack Nicholson em Shining. Através de flashbacks conseguimos, em parte, perceber o porquê da sua personalidade maléfica - a beleza é símbolo de poder.
Os anões estão, também, fantásticos. Se bem que estes me trocaram as voltas, pois eu contava com 7 e afinal eram 8.
Resumindo, vale a pena ver. É um filme que entretêm e que visualmente falando é exuberante. Fica também o apontamento para a música do genérico: Breath of Life - Florence and The Machine.
Pontuação: 7 * (0 a 10)